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Clique aquiVocê já deve ter ouvido falar ou lido obras de Machado de Assis, Monteiro Lobato, Cora Coralina, Guimarães Rosa, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade, não é? De fato, são figuras importantíssimas que moldam o aspecto cultural do Brasil. Cada livro, poesia e verso escrito por eles os colocam no topo do ranking dos principais autores literários que o país já produziu.
Tamanho é o significado deles que vários museus, esculturas, bibliotecas e atrações turísticas foram construídas, unicamente, para homenagear e divulgar suas obras e vida – e não podemos deixar de falar, é claro, da inspiração que eles passam para diversos escritores do mundo inteiro, há centenas de anos, até os dias de hoje.
Pois bem, existem diversas modalidades turísticas e gostos para todo o tipo de viagem - e muitos já falamos por aqui. Mas hoje, que tal conhecer um pouco mais sobre o turismo literário? Nós preparamos um conteúdo especialmente para você que adora uma boa leitura; é só continuar nas próximas linhas. Esperamos que goste!
Antes de começarmos a escrever sobre os melhores destinos para esse tipo de viagem, dicas de obras e monumentos, achamos interessante responder uma pergunta simples, mas que te conduzirá melhor ao longo da leitura deste artigo. Do que se trata o turismo literário?
É uma modalidade de turismo, mais voltada para o cultural, que ainda não é muito conhecida aqui no Brasil (em outros continentes é um sucesso). Muitos adeptos a essa modalidade são amantes da literatura brasileira e, vários deles, acredite, sabem de cor os versos das principais obras dos escritores citados acima.
Eles são tão envolvidos nas histórias contadas pelos autores que não se satisfazem apenas com a leitura. Precisam conhecer o estilo de vida, a casa, a família, a rotina, o local que escreviam, os gostos e tudo o mais que você pode imaginar. É preciso viver o ambiente em que o artista estava inserido à época – e, para isso, nada melhor do que viajar até o destino em questão. Só assim (às vezes, nem assim!), o leitor consegue entender por completo as estórias contadas nos textos das obras.
Existem alguns marcos no turismo literário que identificam e comprovam a veracidade das informações apresentadas dos autores. E um dos principais, que os adeptos a este tipo de viagem mais procuram, é uma placa comemorativa instalada em prédios ou residências que os artistas viveram e trabalharam em suas respectivas épocas.
Os turistas procuram muito por esses lugares, pois, desta forma, eles conseguem conhecer e ter uma compreensão mais profunda do trabalho do escritor. De fato, as leituras ficam muito mais intensas, não é verdade?
Aaah...o Rio de Janeiro. Local de nascimento e grande identificação de incontáveis artistas nacionais. Não à toa, o destino é conhecido como a “Cidade Maravilhosa” – e você achando que era somente por conta das praias, baladas e do futebol.
É muito mais que isso! O Rio de Janeiro é um grande berço cultural e, na literatura, Carlos Drummond de Andrade, Machado de Assis e Lima Barreto têm especial identificação com a cidade.
O Caminho das Estátuas Literárias é o principal roteiro literário do Rio. O itinerário conta com visitas às estátuas de Carlos Drummond de Andrade em Copacabana; à Academia Brasileira de Letras, onde o pátio do local é a principal atração com uma homenagem a Machado de Assis, o dono da cadeira n° 23 da instituição; e à Lapa, na Rua do Lavradio, onde também há uma homenagem ao jornalista e escritor Lima Barreto.
O roteiro mais conhecido é em homenagem ao glorioso Jorge Amado e passa por Ilhéus, Salvador e Mangue Seco. Na cidade onde o escritor viveu a sua infância, Ilhéus, você conhecerá algumas esculturas, a casa onde ele morou e um museu com atrativos históricos.
Já na capital baiana é onde fica a residência onde o autor viveu no segundo casamento, com mais história, documentos, a mobília oficial totalmente preservada, cartas escritas pelo próprio escritor e outras atrações turísticas. A última parada é em Mangue Seco que, apesar de não ter relação direta com a biografia de Jorge Amado, foi palco da novela “Tieta do Agreste”, baseada na obra intitulada “Tieta”.
No estado mineiro, a atração principal fica por conta do Circuito Guimarães Rosa, onde o turista tem a oportunidade de conhecer toda a vida do escritor, além de apreciar os costumes sertanejos - como as festas tradicionais, cavalgadas, comidas típicas, etc.
O Circuito é feito pelas cidades de Cordisburgo (cidade natal do autor), Araçaí, Buritizeiro, Corinto, Curvelo, Inimutaba, Morro da Graça, Pirapora e Presidente Juscelino. Em cada destino, o turista conhecerá capelas, museus e apresentações de obras oficiais totalmente preservadas.
Taubaté, no interior de São Paulo, é o melhor destino para os amantes de Monteiro Lobato. O local é considerado visita obrigatória no turismo literário, pois é lá onde fica o museu que oferece uma experiência incrível sobre uma das principais obras do autor: Sítio do PicaPau Amarelo.
No pequeno município de Goiás (GO), existe uma pequena residência que recebe milhares de turistas todos os anos. É a casa onde morou a famosa poetisa Cora Coralina e, por lá, os visitantes têm a oportunidade de conhecer diversos manuscritos da escritora, roupas, fotografias, a máquina de escrever, objetos pessoais, etc. O museu é um verdadeiro acesso à vida inteira da autora.
A capital Porto Alegre é outro destino que não pode faltar no roteiro de um amante da literatura e do turismo literário. É na cidade gaúcha que fica a Casa de Cultura Mario Quintana – um espaço reservado que conta a vida toda do autor. O local é um antigo hotel onde Mario Quintana morou por mais de 20 anos e, além de apresentação de obras do escritor, o recinto também é voltado para o cinema, música, artes visuais, dança, teatro, literatura e realização de oficinas e eventos ligados a todas as formas de arte.
Uma das obras mais famosas de Machado de Assis foi lançada em meados de 1900 e, até hoje, é lida e relida por milhões de pessoas. No enredo, Bentinho vive uma história de amor com Capitu que resulta em um final trágico, onde ele acredita ter sido traído pela amada com o seu melhor amigo, Escobar.
Outro clássico escrito por Machado de Assis que é ainda mais antigo que Dom Casmurro. Foi publicado em 1881 e se trata de uma narrativa bem confusa e sem muita linearidade. Um enredo onde o personagem principal, já morto, resolve contar a sua história, destacando vários episódios da sua vida pessoal, até então, desconhecido por muitos.
Uma obra de Monteiro Lobato que tem passado por gerações sem perder a qualidade, desde meados de 1920 até os dias atuais. Atinge, principalmente, o público infantil e sofreu algumas adaptações com o passar do tempo. Hoje, o enredo mais popular conta a história de Narizinho, que vive no Sítio do Picapau Amarelo apenas na companhia de duas velhas senhoras: Dona Benta e a cozinheira Tia Nastácia. Com a sua boneca chamada Emília, Narizinho cria um mundo de fantasias pra lá de curioso.
Obra escrita por Lima Barreto, narra a estória de Policarpo Quaresma, um cidadão patriota, corajoso e com grandes ideais. É claro que toda a sua personalidade causará, na obra, uma grande história de sofrimento e honra. Mais um clássico nacional.
Obra de Graciliano Ramos, publicada em 1938, trata das dificuldades enfrentadas pelas pessoas, à época, no sertão nordestino. O livro conta como era a vida dessas pessoas, enfatizando toda a pobreza, a seca, a escassez de água e as fugas do personagem Fabiano.
Considerado por muitos a melhor obra escrita por Carlos Drummond de Andrade, se trata de um livro com um compilado de 55 poemas do autor e que foi publicado entre 1943 e 1945. Nos versos, o escritor trata dos momentos sombrios vividos na época, destacando as dores e a agonia do seu povo.
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